O presidente da Câmara de Silva Jardim, Luiz Evandro Macedo de Barros Júnior, mais conhecido como Juninho Peruca, do Solidariedade, abriu processo para cassar sete dos nove vereadores da cidade. Só Herliomar da Silva Falcão escapou da sanha acusatória.
Coincidência, ou não, Peruca vai disputar a prefeitura em outubro pela oposição — e os representados integram a base de Maíra Figueiredo, a prefeita do MDB.
A denúncia contra os nobres Andreia Menezes Xavier, Carlos Eduardo Dias Teixeira, Fabrício Azevedo Lima Campos, Márcio Cabreira Xavier Júnior, Ozeas da Silva Fernandes, Rodrigo Vieira Pimentel e Rubens Cavalcante de Souza é assinada por Adenilson Alves de Jesus, presidente municipal do União Brasil — partido que, aliás, não tem um único representante na Câmara.
Adenilson acusa a trupe de quebra do decoro parlamentar.
Em Silva Jardim, obstrução é quebra de decoro
A falha coletiva teria acontecido há mais de seis meses, mais precisamente, no dia 12 de dezembro de 2023. Por discordar da pauta de votações — que não incluía uma série de projetos que interessavam o governo — os sete vereadores abandonaram o plenário e provocaram o encerramento da sessão, por falta de quórum. A estratégia é legal e conhecida, nos meios legislativos, como obstrução.
Já diz o portal da Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre obstrução:
“Recurso utilizado pelos parlamentares, em uma casa legislativa, com o objetivo de impedir o prosseguimento dos trabalhos e ganhar tempo dentro de uma ação política. Os mecanismos mais utilizados são os pronunciamentos, os pedidos de adiamento da discussão e da votação e a saída do plenário para evitar quórum”, explica.
Mas, para o presidente municipal do União Brasil, não é bem assim.
“Simplesmente se levantaram de maneira orquestrada e saíram da Câmara sem qualquer autorização”, conta Adenilson em sua representação contra os parlamentares. “Pelo simples fato de não terem algumas matérias de seus interesses na pauta da sessão, os denunciados se recusaram a exercer o mandato que lhes foi confiado, ocasionando, por consequência, em falta de decoro parlamentar (sic)”.
O presidente recebeu a representação. E, se o caro leitor já acha que está diante de uma bizarrice política, é bom saber que, para completar, Peruca quer dar posse aos sete suplentes — para, com eles, montar a comissão processante contra os titulares.
Então ele também quebrou o decoro quando ele falou o que quiz e depois por sua conta mandou desligarem os microfone s dos vereadores impedindo os mesmo de se pronunciar e encerrou a sessão!!! Vejo isto também como falta de respeito com a casa
É golpe que chama, né? Kkkkkkkk