Uma operação conjunta da Polícia Civil e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) resultou na prisão de um homem apontado como o maior traficante de animais silvestres do Estado do Rio. A ação ocorreu entre quarta (7) e quinta-feira (8), nos municípios de Rio Bonito e Magé, na Região Metropolitana e na Baixada Fluminense. Ao todo, 167 aves traficadas foram resgatadas pelos agentes de segurança.
A prisão em flagrante do traficante aconteceu na quarta-feira, na Rodovia Governador Mário Covas (BR-101), em Rio Bonito. Conhecido como “Juninho de Magé”, ele é apontado como o principal traficante de animais silvestres do estado. No momento da abordagem, transportava 163 aves em condições precárias — acondicionadas em sacolas, sem ventilação, alimento ou água.

No dia seguinte, os agentes seguiram até os locais utilizados pelo criminoso como cativeiros de animais, em Magé. Lá, foram resgatadas aves silvestres e exóticas: dois calafates (Lonchura oryzivora), um tiziu (Volatinia jacarina) e um coleirinho (Sporophila caerulescens). Cinco aves mortas também foram encontradas.
“O trabalho de inteligência desenvolvido em parceria com as instituições estaduais e federais foi essencial para desarticular este grande esquema criminoso. Proteger a nossa rica biodiversidade é a nossa maior missão”, afirmou o secretário estadual do Ambiente, Bernardo Rossi.

A Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também participaram da operação. O governador Cláudio Castro (PL) destacou que a força-tarefa protegeu “não só as espécies ameaçadas, mas também o equilíbrio ambiental e o futuro das próximas gerações”.
“O resgate dessas aves mostra a importância do trabalho integrado entre as forças de segurança e os órgãos ambientais. Vamos continuar investindo em inteligência, fiscalização e parcerias para combater o tráfico de animais com todo o rigor da lei”, disse o governador.
A maior parte das aves foi devolvida à natureza. Já os calafates, por serem aves exóticas, foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em Seropédica, na Baixada Fluminense, onde passarão por avaliação veterinária. Os envolvidos no crime responderão por crimes ambientais, incluindo cativeiro ilegal e maus-tratos de animais silvestres e exóticos.