A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (8), 32 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada em aplicar golpes contra aposentados e pensionistas no Centro do Rio. Os criminosos atuavam por meio de uma empresa de fachada, que ocupava um andar inteiro de um prédio comercial.
De acordo com as investigações, os envolvidos se dedicavam a enganar principalmente idosos de estados como Norte e Nordeste do Brasil, utilizando mensagens e áudios enviados por aplicativos de mensagens. As vítimas eram convencidas a renegociar dívidas ou a contratar novos empréstimos, com o dinheiro desviado para as contas da organização criminosa.
Embora a empresa tivesse o nome de uma consultoria de planos de saúde, suas atividades estavam completamente desvinculadas desse setor. A organização operava em quatro salas interligadas, e cada criminoso possuía uma estação de trabalho.
Os membros do grupo eram treinados para aplicar os golpes e recebiam metas mensais. Segundo a Polícia Civil, a meta para o mês de janeiro era arrecadar R$ 400 mil. Os “funcionários” não tinham carteira assinada nem salário fixo, sendo remunerados com uma comissão de 5% sobre cada contrato fechado.
Para aplicar os golpes, os criminosos acessavam dados pessoais e bancários das vítimas por meio de um sistema ilegal, obtendo informações como contas bancárias, endereços e números de telefone.
A quadrilha utilizava roteiros específicos para enganar os alvos: em um deles, se passavam por representantes de uma suposta central de verificação do Procon; em outro, fingiam ser funcionários da Previdência Social, alegando que as vítimas estavam sendo notificadas sobre fraudes em seus benefícios.
Durante a operação, a polícia apreendeu computadores, celulares e anotações que detalhavam o funcionamento do esquema. O caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande).
Com informações do G1.