Polícia mira criminosos da máfia do cigarro envolvidos na morte de advogado no Rio

A Polícia Civil do Rio e o Ministério Público do Rio (MPRJ) deram início, na manhã desta quarta-feira (2), a uma grande operação para desmantelar um grupo criminoso envolvido no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido em 26 de fevereiro de 2024, no Centro do Rio. De acordo com o MP, os criminosos investigados seriam matadores de aluguel e estariam ligados à contravenção, especialmente à máfia do cigarro, liderada pelo contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho (Adilsinho).

Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem 19 mandados de busca e apreensão contra sete suspeitos, sendo três deles policiais militares, identificados como matadores de aluguel.

O principal alvo é o ex-PM Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como ‘Sem Alma’ e apontado como chefe do grupo, que está foragido e com cinco mandados de prisão preventiva em aberto. Os criminosos, além de estarem envolvidos em assassinatos, teriam fortes conexões com a contravenção, especialmente em locais ligados à máfia do cigarro.

O assassinato

Rodrigo Marinho Crespo, advogado de 42 anos, foi morto a tiros em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Centro do Rio. O assassinato aconteceu no final da tarde de 26 de fevereiro de 2024, quando Crespo saía do escritório.

Um carro branco parou em frente a ele, e um homem de touca se aproximou rapidamente, chamando-o pelo nome antes de disparar à queima-roupa. Mesmo caído, o advogado foi baleado mais vezes, e o assassino fugiu em alta velocidade.

Até o momento, três já foram presos e se encontram em processo judicial. São eles: Leandro Machado da Silva (policial militar), Cezar Daniel Mondego de Souza (servidor da Alerj) e Eduardo Sobreira Moraes (responsável por seguir a vítima). Estes três estão sendo processados por homicídio qualificado e serão julgados pelo Tribunal do Júri.

Além disso, outras figuras do esquema criminoso estão sendo investigadas, incluindo Ryan Patrick Barboza de Oliveira (Motinha), que já cumpre pena por envolvimento em outro homicídio.