Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital prenderam, na manhã desta terça-feira (5), Cezar Daniel Mondego de Souza, o terceiro suspeito identificado envolvido na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Centro do Rio. Ele era funcionário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) desde 2019, com salário líquido de R$ 6,2 mil.
O policial militar Leandro Machado da Silva, de 39 anos, lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), e Eduardo Sobreira Moraes, de 47, também suspeitos de terem participação no crime estão sendo procurados e são considerados foragidos.
O suspeito preso esteve lotado no Departamento de Patrimônio da Alerj até o último dia 29 de fevereiro, quando foi exonerado para dar lugar a Eduardo Sobreira Moraes. A nomeação do suspeito foi anulada pela Assembleia nesta segunda-feira, diante da repercussão do caso.
Segundo as investigações, Eduardo e Cezar Daniel teriam monitorado os passos do advogado até o dia do crime. Já o policial militar Leandro foi o responsável por alugar um dos carros usados no assassinato.
O sócio da locadora de automóveis, localizada na Taquara, apontou Leandro como um cliente antigo, que é segurança de Vinícius Pereira Drumond, vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense e filho do falecido contraventor do jogo do bicho Luiz Pacheco Drumond, o Luizinho Drumond.
O crime
Rodrigo Crespo era sócio do escritório Marinho e Lima Advogados, que é especializado em Direito Civil Empresarial com ênfase em Contratos e Direito Processual Civil. O assassinato ocorreu na calçada, em frente ao escritório.
Segundo testemunhas, um homem de touca ninja, em um Gol branco, parou ao lado do advogado e fez os disparos. O suspeito teria chamado o advogado pelo nome antes de atirar contra ele.
De acordo com as investigações, Eduardo foi o responsável por vigiar e monitorar a vítima e, na manhã do dia 26, seguiu Crespo desde o momento em que o advogado saiu de casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio, até chegar ao trabalho, no Centro da cidade. Já o PM Leandro teria cuidado diretamente dos veículos usados na ação.
O Gol branco conduzido por Eduardo (placa RKS6H29) permaneceu estacionado na Avenida Marechal Câmara até as 14h27, quando cedeu a vaga a outro veículo da mesma marca e cor, placa RTP-2H78. Nele estava o assassino.
A polícia chegou até Leandro e Eduardo depois de identificar os carros usados do crime. Com isso, os investigadores detalharam as rotas feitas e a analisaram câmeras próximas à residência de Rodrigo.
O carro usado por Eduardo, que pertence à locadora de automóveis, foi devolvido três dias após o crime. Quando os policiais o encontraram, ele já havia sido alugado por outra pessoa na sexta-feira (01).