O deputado Chico Machado (SDD), um dos parlamentares mais próximos ao presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), foi o porta-voz da insatisfação dos governistas com o secretário de Polícia Militar (PM), coronel Marcelo Menezes. A treta tem explicação. É que a turma da Alerj pleiteou a promoção a tenente-coronel do major Tales Borges, o subcomandante do 32º BPM (Macaé) que teria ajudado a derrubar os índices de criminalidade em cinco municípios do Norte-Noroeste Fluminense.
Sem sucesso.
A PM preferiu promover o chefe da Casa Civil do prefeito Eduardo Paes (PSD), Leandro Matieli, que, há anos está cedido à Prefeitura do Rio, e não exerce o comando de qualquer unidade da corporação — se é que já exerceu algum dia. Lembrando que Paes já se coloca como o principal adversário de Bacellar na disputa pelo governo do estado em 2026.
“Para minha surpresa, o coronel Menezes deixa de promover um policial combatente, e escolhe o chefe da Casa Civil do prefeito Eduardo Paes, o senhor Leandro Matieli Gonçalves. Posso estar falando alguma besteira, ele pode ter comandado algum batalhão, pode estar comandando algum batalhão. Mas o coronel Menezes promove Matieli, e deixa de promover o homem que se dedicou a sua vida não só a Macaé, mas a outros cinco municípios na área do 32º batalhão”, protestou Machado, num contundente discurso nesta quinta-feira (29).
O deputado avisou que fará um requerimento de informações à PM.
“Eu quero só saber quais são os critérios para a promoção de um major a tenente-coronel. Farei uma solicitação por escrito para saber porque uma promoção e não outra. Quais são os pré-requisitos”, disse.
Machado cita treta com a PM para dizer que é hora de saber quem está com Bacellar
Assim como a turma de Paes tem cobrado atitude e fidelidade dos aliados, Machado também disse que é hora de saber quem, de fato, está com Bacellar.
“Nesta casa, já fui líder do governo Cláudio Castro e sou da base aliada. Aqui não tem bobo, não tem nenhuma criança, e nós já estamos num ano pré-eleitoral. Todos sabemos que teremos um grande embate daqui para frente. E precisamos saber, realmente, quem está no nosso barco. Ou tem o direito de estar em outro barco também. Mas só precisa falar em que barco está”, disse o deputado governista. “O meu lado é o lado do presidente Rodrigo Bacellar para governador do estado”.