Presidente estadual do PSD, o deputado federal Pedro Paulo está, de Nova York, de olho no governo do estado. O moço, que acompanha o prefeito Eduardo Paes (PSD) em uma semana de férias pós-eleição, postou, nesta sexta-feira (18), um alerta sobre a futura concessão dos serviços de fornecimento de gás.
“A concessão batendo à porta mais importante no Rio de Janeiro é a do gás. O PSD vai acompanhar, fiscalizar com lupa toda essa negociação pelo governo do estado. Nada de perdão, acordos sem a absoluta transparência. Fica o recado”, disse Pedro Paulo.
Na última quinta-feira (17), o governador Cláudio Castro instituiu um grupo de trabalho para estudar e oferecer a modelagem da concessão do serviço de distribuição de gás. O contrato atual, com a Naturgy, vence em 2027, depois de 30 anos de vigência. Mas, como prevê a legislação, a concessionária já apresentou, no prazo de 36 meses antes do término do acordo, o interesse na renovação.
O grupo de trabalho formado por Castro terá um representante do gabinete do governador; um da Procuradoria-Geral do Estado; dois da Casa Civil; e um da Secretaria estadual de Energia e Economia do Mar. Não por coincidência, no dia seguinte (nesta sexta-feira, 18) à formação da comissão, Castro nomeou o novo secretário de Energia, o advogado Cássio Coelho.
Coelho já foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Relações Internacionais (em 2022, antes de a pasta ser dividida em duas), presidiu a Comissão Estadual de Desenvolvimento do Mar, e esteve à frente do Procon/RJ por quase seis anos. É considerado um homem de confiança do governador.
Concessão do gás é a joia da coroa
Pedro Paulo não é o único de olho na concessão do gás.
Não erra quem aposta que praticamente toda a política fluminense acompanha com lupa os preparativos e a previsão dos valores de outorga que devem ser obtidos com o novo contrato.
São esperados bilhões de reais — que, depois da concessão da Cedae, são considerados as últimas joias da coroa estadual. Ao menos, num futuro próximo.