Um novo VLT, mais vitaminado, entrou nos trilhos. O prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou, no Diário Oficial desta quarta-feira (26), a lei que autoriza, “mediante parceria público-privada (PPP) na modalidade concessão patrocinada”, a substituição do sistema de ônibus articulados (BRT) por Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) ou Veículos Leves sobre Pneus (VLP) nos corredores Transcarioca e Transoeste, além de prever “eventuais expansões”.
A ideia, de autoria do poder executivo, foi aprovada pela Câmara do Rio em agosto.
Emendas autorizaram a expansão para Botafogo e Ilha
Segundo o texto, a prefeitura fica autorizada a expandir o sistema pelo Centro, que já conta com linhas de VLT integrando pontos como Praça Quinze, rodoviária e Aeroporto Santos Dumont. Além disso, com as emendas aprovadas, a medida também prevê a chegada dos trenzinhos a Botafogo e Ilha do Governador.
A lei também fala na “Região do Porto e adjacências”, contemplando São Cristóvão, que receberia estações em diversos locais, como o Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga, o BioParque e a Quinta da Boa Vista. O processo será realizado por meio de parceria público-privada, abrangendo a implantação, operação e manutenção do sistema.
‘A prefeitura agora tem o sinal verde’
O presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), destacou, na ocasião da aprovação, que o projeto é essencial para melhorar a mobilidade na cidade, especialmente para a população das zonas Norte e Sudoeste.
“A prefeitura agora tem o sinal verde para realizar os estudos necessários e transformar o BRT em VLT, um transporte mais rápido, seguro e menos poluente. Esse debate já havia sido incluído por nós no Plano Diretor, ou seja, a Câmara está atenta a isso há muito tempo. Os benefícios são claros”, afirmou Caiado.



A troca do BRT pelo VLT não pode ser tratada como algo simples. A eficácia do sistema ainda não foi plenamente alcançada nem no Centro, e a mudança impacta vans, kombis e, principalmente, o transporte por ônibus.
Um tema dessa magnitude exige ampla discussão, com técnicos, usuários, operadores e toda a sociedade. Decisões estruturais não podem ser tomadas sem ouvir quem vive a mobilidade todos os dias — e esperamos que isso realmente aconteça.