Um dia depois de o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciar a proibição de permanência de camelôs da Rua Uruguaiana, o secretário municipal de Ordem Pública do Rio, Brenno Carnevale, disse, nesta quinta-feira (29), que a região é polo de itens furtados e rubados, e que a operação na região começa nas próximas semanas.
A secretaria descobriu ainda que os barraqueiros têm que pagar uma taxa de R$ 100, por semana aos camelôs, para conseguir trabalhar. O secretário comparou as ações aos mecanismos usados pelas milícias.
“Existem pessoas ali que se intitulam donos do chão, verdadeiros milicianos do asfalto, que a gente vai combater com inteligência, estratégia, prevenção e com exercício de autoridade. Vamos fazer fiscalizações, com reuniões com as polícias Civil, Militar e o MP-RJ para o êxito dessa missão”, disse Brenno Carnevale.
Na entrevista ao RJTV 1, Carnevale disse ainda que a ideia é impedir o comércio ilegal, assim como foi feito na Feira de Acari e no Calçadão de Campo Grande. Afirmou também queos ambulantes que quiserem terão a oportunidade de se legalizar.
“Eu trago Acari como exemplo. A gente foi para o quinto domingo seguido sem a Feira de Acari funcionando como um polo de receptação. No entanto, mais de 70 ambulantes que estavam trabalhando naquela feira vendendo mercadorias, a princípio legalizadas e permitidas para serem vendidas em feira. Hoje eles estão realocados em uma feira livre que funciona paralelamente a [avenida] Martin Luther King.”