Policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estouraram uma fábrica de cigarros clandestina, nesta terça-feira (15), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No local, ainda foram resgatados 17 estrangeiros que viviam em situação análoga à escravidão.
De acordo com os agentes, a operação visa a combater a máfia de cigarros no Rio de Janeiro, responsável por homicídios e com envolvimento em diversos outros crimes. Até o momento, foram apreendidos maquinários e insumos para produção de cigarros, além de caixas de cigarros prontas para comercialização, com um prejuízo estimado de mais de R$ 10 milhões aos criminosos.
Os estrangeiros resgatados, todos de origem paraguaia, foram conduzidos à Cidade da Polícia, na Zona Norte da capital, onde serão ouvidos. A ação de acolhimento é conduzida pelo Ministério Público do Trabalho e pela Embaixada-Geral do Paraguai no Brasil.
A operação contou com o apoio da Divisão de Repressão ao Contrato da Receita Federal, que ficará com todo material apreendido para destruição e armazenamento. A diligência está em andamento e conta com apoio do 5º Batalhão de Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo.
Outra fábrica de cigarros descoberta
Uma operação conjunta entre a Polícia Federal, Ministério Público Federal e Polícia Civil resgatou, em 12 de maio, 22 paraguaios em situação análoga à escravidão e prendeu cinco brasileiros, numa fábrica clandestina de cigarros em Vigário Geral, Zona Norte do Rio. O local era ligado ao bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho.
Segundo as investigações, as 26 pessoas encontradas no local estariam em situação de trabalho análogo à escravidão. Entretanto, depois apurou-se que os brasileiros estariam ligados ao esquema de fabricação clandestina de cigarros. Eles são suspeitos de atuarem como gerentes e supervisores da fabricação ilegal.