Dos quatro postos na Prefeitura do Rio pleiteados pelo PT do presidente Lula, três já estão oficialmente nas mãos do principal aliado ao PSD nas eleições de outubro. O prefeito Eduardo Paes anunciou, nas redes sociais, nesta sexta-feira (13), que Meio Ambiente e Clima vai para Tainá de Paula; Direitos Humanos e Igualdade Racial, para Adilson Pires; e Parques e Jardins, para Ricardo Pinheiro.
Só falta a Habitação, para a qual a executiva municipal do PT, em documento oficial, indicou Diego Zeidan — filho do deputado federal e prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá, e da deputada estadual Zeidan.
Mas é aí que a porca torce o rabo.
Na política carioca, a possibilidade de Paes entregar a Habitação ao PT soou como ingratidão. É que a pasta, atualmente, é comandada pelo deputado estadual Cláudio Caiado, irmão do presidente da Câmara de Vereadores, Carlo Caiado.
Coube ao presidente do velho Palácio Pedro Ernesto a mais árdua tarefa deste fim de ano: comandar a aprovação do antipático pacote de mudanças no estatuto do servidor enviado por Paes ao legislativo. O correligionário levou o fardo com galhardia, apesar de todo o desgaste. Menos de uma semana depois, vê a sua participação no governo praticamente passar à mãos alheias.
Vereadores da base contam que os irmãos Caiado já foram comunicados que perderam a secretaria. Que, além da exigência do diretório municipal do PT, Paes estaria sendo pressionado por setores federais — responsáveis pela liberação de recursos para os programas habitacionais. Nomes fortes do PSD, como o deputado federal Pedro Paulo e o vice-prefeito eleito Eduardo Cavaliere, entraram no circuito para tentar achar outro espaço para a família ocupar no governo.
O certo é que os três petistas escolhidos por Paes para o governo já foram anunciados.
O quarto, ainda não.
É tudo loteamento político, uso da máquina para eleger político. Caxias é fichinha comparado com Eduardo Paes. Um assessor da vereadora Tainá foi preso em flagrante com dinheiro vivo e lista de pessoas e bairros e foi nomeada sabendo que o governo é impunidade pura.