Em meio ao polêmico projeto de lei do prefeito Eduardo Paes (PSD), que tem como um dos objetivos modificar a carga horária dos professores, a categoria tomou outro susto nesta semana. O Sistema de Gestão Acadêmica (SGA) apontava carga anual de 240 dias letivos ao invés dos 200 habituais para 2025.
Outro ponto que deixou os educadores de cabelo em pé foi a data programada para o início do ano letivo: 15 de janeiro. A prefeitura logo tratou de colocar panos quentes na situação, afirmando que as informações não estavam valendo e que eram fruto de “configurações técnicas”.
Entre os professores, a justificativa não colou e o consenso é que a Secretaria municipal de Educação (SME) já conta com a aprovação do projeto de Paes que muda a contagem da carga horária de horas para minutos. Diante de todo o reboliço, o calendário foi retirado do ar no SGA.
Cabe ressaltar que o prefeito possui a maioria no parlamento, portanto, não deve ter dificuldades para aprovar a medida. Ainda assim, entidades sindicais da área da educação tem protestado contra a medida — que chamam de pacote de maldades — e tentam convencer os vereadores.
A SME, por sua vez, afirmou que as datas que constam no Sistema de Gestão Acadêmica referem-se exclusivamente a configurações técnicas, não tendo relação com o início das aulas, que segue programado para a primeira quinzena de fevereiro.