Uma mulher que se passava por funcionária da Receita Federal foi presa, nesta quinta-feira (3), acusada de integrar uma quadrilha que, desde fevereiro de 2025, movimentou mais de R$ 7 milhões aplicando golpes em idosos no Rio. Segundo a Polícia Civil, cerca de 60 vítimas foram identificadas até o momento, principalmente nas zonas Norte e Sul da cidade.
Ela foi localizada nas imediações do Hospital Getúlio Vargas. As investigações apontam que o grupo agia por meio de ligações telefônicas, nas quais os criminosos se passavam por servidores da Receita Federal e informavam às vítimas sobre supostos problemas na declaração do Imposto de Renda de 2024.
Durante a conversa, os golpistas alegavam que bens de alto valor — como joias e dinheiro guardado em casa — não haviam sido declarados corretamente. Com isso, induziam as vítimas a revelar onde mantinham esses objetos.
Criminosos exigiam bens das vítimas
Em seguida, uma segunda integrante da quadrilha, fingindo ser funcionária da Receita, visitava a casa da vítima. Apresentando-se como servidora pública, exigia que os bens não declarados fossem mostrados, adotando uma postura técnica e convincente.
Além de pegar joias, eletrônicos e obras de arte, a golpista solicitava transferências bancárias via Pix, alegando que o dinheiro seria usado para “regularizar” a situação junto à Receita Federal. Em um dos casos investigados, ela chegou a levar um quadro original do artista Di Cavalcanti.
Nesta quinta-feira, foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra a acusada, que responde por associação criminosa, estelionato e outras fraudes. Ela possui sete passagens pela polícia por crimes semelhantes, incluindo roubo e estelionato.