O Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, seja julgado por um júri popular pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime aconteceu no dia 14 de março de 2018.
As investigações apontam que Suel participou do plano do assassinato e monitorou a rotina da vereadora, além de ter ajudado Ronnie Lessa e Élcio Queiroz a desfazer de provas, com o desmanche do carro usado no crime e do sumiço da munição. Os três já estão preso pelo crime.
Os promotores Eduardo Morais Martins e Mario Jessen Lavareda pedem a condenação de Suel por dois homicídios qualificados (motivo torpe, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio da assessora de Marielle, que também estava no carro na noite do crime.
O envolvimento de Suel, como é chamado pelos outros acusados, foi apontado por Élcio de Queiroz em delação premiada à Polícia Federal. Maxwell está em um presídio federal em Brasília. Os ex-PMs Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa também serão julgados pelo Tribunal do Júri, em data que ainda não definida.
Exploração de ‘gatonet’
Nesta terça-feira (12), três integrantes da quadrilha de Suel e Roni Lessa foram presos pelo MPRJ na Operação Jammer 2, pela exploração de sinal clandestino de internet e televisão, ou “gatonet”.
De acordo com as investigações, Suel e Ronnie estruturaram uma “Gatonet” em Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel. Na configuração inicial da organização criminosa, Suel é descrito “dono” e agia como sócio-administrador. Ao seu lado, Ronnie Lessa assumiu a posição de sócio-investidor.