Moradores e comerciantes da comunidade do Catiri, em Bangu, Zona Oeste do Rio, estão sendo obrigados a pagar uma “contribuição mensal voluntária” imposta por milicianos. De acordo com relatos, o valor cobrado varia de R$ 80 a R$ 120, e aqueles que não pagam ou atrasam o pagamento enfrentam ameaças de agressões físicas ou até a expulsão da área. As informações são do Bom Dia, Rio.
A cobrança é feita por meio de carnês, boletos e até cartelas distribuídas pelos próprios milicianos. Inicialmente, o valor era de R$ 40, mas, com o tempo, dobrou. Para os comerciantes, o valor pode chegar até R$ 120, dependendo do porte do comércio.
A pressão sobre os moradores tem aumentado, com relatos frequentes de ameaças. A região tem sido palco de confrontos violentos entre a milícia e uma facção criminosa rival que também atua na área.
Invasões nas casas dos moradores
Além da cobrança, os milicianos controlam a movimentação da comunidade. Câmeras de segurança foram instaladas em postes para monitorar a entrada de rivais e as ações da polícia.
Há ainda relatos de invasões nas casas dos moradores, com milicianos permanecendo nas lajes para observar a movimentação no local.
Operações estratégicas na região
A Polícia Militar (PM) informou que está realizando operações estratégicas na região, com o apoio do setor de inteligência. Nos últimos quatro meses, 32 criminosos foram presos e 35 armas, incluindo 16 fuzis, foram apreendidas.
A PM destacou que as ações estão sendo realizadas em parceria com a Polícia Civil, que também investiga as atividades criminosas na área.
Por sua vez, a Polícia Civil afirmou que está acompanhando de perto a atuação de grupos criminosos na região, realizando operações para identificar e punir os responsáveis por esses crimes.