O miliciano Fabrício da Guia Mendes da Silva, que estava foragido há 4 anos e é apontado como o chefe de um grupo paramilitar que atua em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, foi morto num motel, na noite de domingo (24), ao trocar tiros com agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco/IE). Ele chegou a ser levado ao Hospital Pedro II (Santa Cruz), mas não resistiu.
Os policiais chegaram a um motel na Estrada de Sepetiba, na Zona Oeste, quando foram recebidos a tiros. No confronto, um agente acabou sendo atingido nos braços e no peito, mas o colete bloqueou o projétil. Outro foi alvo de estilhaços. O tiroteio assustou quem passava pelo local: “Bala comendo dentro do motel”, ouve-se de vídeos que circularam.
Com o miliciano, foi apreendido um fuzil, uma pistola, coletes a prova de bala, celulares, fardas semelhantes a usadas pelos agentes e um Hyundai HB20 roubado. Contra Fabrício tinham sido expedidos dois mandados de prisão por constituição de milícia, associação criminosa, roubo e receptação.
Ele era considerado homem de confiança de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia do Rio, que se entregou à PF em 24 de dezembro do ano passado. Desde essa data, a disputa por seu espólio foi responsável pela morte de cinco milicianos do alto escalão.