A eleição para prefeito de Três Rios, Centro-Sul Fluminense, teve uma série de particularidades. O atual prefeito, Joa Barbaglio (Republicanos), perdeu o apoio de sua ex-legenda, o PL, para o adversário Vinicius Farah (União) e teve a candidatura barrada no Triibunal Regional Eleitoral (TRE). Ainda assim, foi o mais votado com larga vantagem para o principal rival.
Com 100% das urnas apuradas, Joa somou 28.632 votos, o que representa 60,99% dos válidos, ante 14.687 (31,29% dos válidos) de Farah. Na sequência, ficaram Rossimar Caiaffa (PRTB) com 5,28% e Celso Jacob (MDB), que também concorreu sub judice, com 2,45%.
Em abril, Joa teve seu primeiro revés: Doutor Édson, homem forte de Farah, assumiu o diretório do PL na cidade, colocando à disposição do candidato do União o apoio do governador Cláudio Castro (PL) — de quem Farah foi secretário de Desenvolvimento Econômico e era um dos cotados para ser vice na chapa em 2022 — e seu grupo. O prefeito, então, precisou migrar ao Republicanos para tentar a reeleição.
Candidatura barrada
Outro infortúnio para Joa aconteceu na última quarta-feira (3). O TRE manteve o indeferimento do registro de candidatura à reeleição do prefeito. Joa pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seu nome estava na urna.
Se o recurso não tiver sido julgado em definitivo até a data da posse, quem assume é o presidente da Câmara de Vereadores, até que o trânsito em julgado ocorra. Se a decisão final do TSE for pelo indeferimento, nova eleição deverá ser realizada.
O Ministério Público (MP) Eleitoral e a coligação do adversário Vinícius Farah (União) pediram a impugnação de Joa alegando que ele está inelegível porque teve as contas do exercício de 2013 da Câmara Municipal rejeitadas, quando era presidente e ordenador de despesas.