A posse do deputado Márcio Canella (União) como prefeito de Belford Roxo vai efetivar, na Assembleia Legislativa, o primeiro suplente do partido, Marcelo Dino. O moço, que já estava ocupando a vaga de Bruno Dauaire, secretário estadual de Habitação, vai ganhar uma cadeirinha em plenário para chamar definitivamente de sua.
Agora, se Dauaire continuar no Palácio Guanabara — e a possibilidade não é pequena — seria a vez, então, de convocar o segundo suplente, Marcos Muller. Mas é aí que a porca torce o rabo.
Às vésperas dos registros de chapa na eleição de outubro, Muller decidiu deixar o União “à revelia”, para disputar a Prefeitura de São João de Meriti pelo PMB. Só ganhou experiência na disputa, vencida por Léo Vieira (Republicanos). E uma bela dor de cabeça. Agora, os caciques do União não estão nem um pouco dispostos a abrir as portas de volta ao rebelde.
Daí que o partido vai para o terceiro da fila, Leonardo Vasconcellos — mas o moço se elegeu prefeito em Teresópolis. Como efeito da dança das cadeiras, quem está com o pezinho no Alerjão em janeiro é o quarto suplente, Daniel Luiz Martins — filho do ex-deputado Luiz Martins.
Daniel é advogado e ex-vereador. Como primeiro suplente no PDT, em 2016, chegou a assumir o mandato por sete meses na Câmara do Rio. Nas redes sociais, destaca-se, ainda, como apoiador das pequenas academias de artes marciais.
O aval do TSE
Como se sabe, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu, no último dia 12 de novembro, que o candidato que fica na lista de suplentes numa eleição, troca de partido durante a janela partidária e depois é alçado à condição de titular do cargo não pode exercê-lo — pois a vaga pertence à sua antiga legenda.