Manifestantes caminharam, nesta quinta-feira (9), do Largo do Machado até o Palácio Guanabara, em protesto contra a abertura de capital da Cedae. O ato contou com a participação de movimentos populares e sindicatos que representam os trabalhadores da companhia.
O protesto ocorre porque, no fim de agosto, o consórcio Hidro Rio venceu a licitação para elaborar, em um prazo de um ano, um estudo sobre a venda de ações da estatal. O contrato, no valor de R$ 18,75 milhões, prevê ainda uma comissão de 5% sobre o valor captado em futuras operações privadas.
Sindicatos afirmam que não houve estudo preliminar para venda de ativos da Cedae
Os sindicatos afirmam que não houve estudo preliminar para a abertura de capital da Cedae e alertam que a medida pode afetar o fornecimento de água à população. Além disso, criticam a atuação de concessionárias privadas no estado e se posicionam contra qualquer forma de privatização da companhia.
De acordo com o Centro de Operações do Rio (COR), a Rua das Laranjeiras foi interditada, na altura da Rua Ministro Tavares de Lira, devido à manifestação. A Polícia Militar foi acionada, e a CET-Rio e a Guarda Municipal acompanham a movimentação.

Sindicato fará reunião com secretário para tratar da situação da Cedae
Após o protesto, o grupo articulou uma reunião com o secretário estadual de Casa Civil, Nicola Miccione, marcada para a próxima segunda-feira (6), conforme anunciado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente do Estado (Sintsama-RJ), Victor Duque.
“Vamos levar a eles tudo o que está acontecendo com a Cedae, principalmente em relação ao serviço prestado à população pelas empresas privadas que assumiram parte do serviço no último leilão, que estão enfrentando problemas com falta d’água e tarifas elevadas”, afirmou Duque.
Entre os políticos presentes estavam o deputado federal Glauber Braga (PSOL) e os deputados estaduais Dani Balbi (PCdoB), Professor Josemar (PSOL), Flávio Serafini (PSOL) e Marina do MST (PT).
