A Justiça do Rio absolveu os sete réus envolvidos no incêndio do Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo que pegou fogo em 2019 e matou 10 jovens. Em decisão emitida nesta terça-feira (21), o juiz Tiago Fernandes de Barros disse que a denúncia apresentada pelo Ministério Público não reúne provas suficientes para comprovar a culpa dos acusados. Outros quatro réus pelo caso já haviam sido absolvidos.
Segundo a Justiça, a ação não comprova uma ligação direta entre os acusados e a origem das chamas, que não teve a causa exata confirmada pelo inquérito da Polícia Civil. Os réus julgados nesta terça (21) faziam parte da diretoria do clube; da Novo Horizonte Jacarepaguá (NHJ), responsável pela instalação dos contêineres; e pela Colman Refrigeração, que instalou o sistema de ar condicionado do CT.
Foram absolvidos Márcio Garotti, ex-diretor financeiro do Flamengo; Marcelo Maia de Sá, ex-diretor adjunto de patrimônio do clube; Danilo Duarte, Fabio Hilário da Silva e Weslley Gimenes, engenheiros da NHJ; Claudia Pereira Rodrigues, diretora administrativa da NHJ; e Edson Colman, sócio da Colman Refrigeração.
Contêineres do Ninho do Urubu não tinham alvará: relembre o caso
O episódio aconteceu em fevereiro de 2019. As chamas atingiram os contêineres que serviam de dormitório para os atletas do CT George Helal, conhecido popularmente como “Ninho do Urubu”, em Vargem Grande. 10 jovens morreram no local e outros três ficaram feridos. Todos tinham entre 14 e 16 anos e jogavam nas categorias de base do Flamengo.
A principal hipótese levantada pela investigação é de que o incêndio tenha sido causado por um curto-circuito em um ar-condicionado, que ficava ligado 24 horas por dia. Na época, a Prefeitura do Rio disse que o CT não tinha alvará de funcionamento.