A influencer Samara Mapoua voltou a ser presa, após se entregar à polícia na noite desta segunda-feira (30(. O habeas corpus favorável a ela, concedido em 31 de março, foi anulado no dia 10 deste mês. O desembargador Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho, responsável pela decisão, afirmou que a defesa de Mapoua “atuou de má-fé”.
Segundo ele, o advogado Vinicius Ponte foi ao Plantão Judiciário por três dias seguidos (28, 29 e 30 de março) para tentar a liberdade condicional da cliente. Os dois primeiros foram indeferidos e o último foi autorizado.
O desembargador argumentou que a solicitação sucessiva de habeas corpus estaria “induzindo o magistrado a erro. Isso porque, quando da impetração do 2º e do 3º habeas corpus, permanecia hígida a decretação da prisão preventiva”, justificou.
Relembre o caso
Samara Mapoua é uma influenciadora trans com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram. Ela e outras cinco pessoas foram presas na madrugada de 26 de março por porte ilegal de arma de fogo — uma pistola calibre 380 com numeração raspada.
Ela estava num carro com amigos na Avenida Brasil, na Zona Norte, quando eles desobedeceram a ordem de parada dada por agentes do 22º BPM (Maré). O veículo fugiu no sentido Zona Oeste da via, até que foi interceptado na altura de Olaria.
A princípio, a justificativa dada pela influenciadora em depoimento na 21ª DP (Bonsucesso) seria a sua própria proteção pessoal: “por ser influencer com muitos seguidores e por temer a sua integridade física e sua vida, arrumou a referida arma para se defender”. Ela confessou ter escondido a arma dentro do veículo.
Porém, em nota publicada em seu perfil no Instagram no dia 30, ela afirmou ter tomado uma decisão de “proteger e defender” quem estava com ela e que não se arrependia do que fez: “vou acertar minhas contas com a justiça e, quando ganhar minha liberdade, irei esclarecer e contar tudo para vocês”.
Na audiência de custódia realizada em 27/03, o juiz Diego Fernandes Silva Santos determinou a prisão preventiva de Mapoua, que deveriáficar em um presídio feminino até a conclusão das investigações por ter cometido um crime considerado grave.