O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assusta muita gente.
O ex-deputado TH Joias assusta muito mais.
O mês de novembro começa com pelo menos duas assombrações rondando a política do Rio — e nem é em comemoração pelo Dia de Muertos, uma tradição mexicana que tem fincado raízes em terras já carnavalescas por natureza. São ameaças bem mais reais.
O penúltimo mês do ano chegou com uma entrevista de Haddad à “Folha de S.Paulo”, dizendo que vai compartilhar com o governo do Rio as informações levantadas pela Receita Federal nas investigações da Operação Carbono Oculto — aquela, que identificou ligações do Primeiro Comando da Capital (PCC) com o setor de combustíveis e com o mercado financeiro.
Segundo o ministro, há informações também sobre o Comando Vermelho. Para a preocupação de alguns políticos fluminenses, Haddad completou, dizendo que há provas de que os líderes do crime organizado não vivem em favelas como os complexos do Alemão e da Penha, e sim “de frente para praia”.
“Estão morando em Miami, morando em Portugal, morando em outro canto”, afirmou.
Para bom entendedor, a junção das palavras combustível e Miami basta.
Além de Haddad, o teor do depoimento de TH Joias mexe com o imaginário do Largo da Carioca
Outro fantasma tem assombrado a turma — em especial, alguns habitantes do Largo da Carioca.
Correu como rastilho de pólvora a informação de que o ex-deputado TH Joias, preso desde setembro, prestou depoimento.
Há uma busca desenfreada — e muito preocupada — sobre o teor das revelações do ex-parlamentar, acusado de vender armas e lavar dinheiro para o Comando Vermelho.
Não há notícias de que algum dos interessados tenha conseguido acesso ao documento.
Mas os rumores de que TH teria falado sobre barras de ouro já é o suficiente para tirar o sono de muita gente.


Não investigaram quem tentou matar o Ricardo Gama, que denunciava os crimes do governo Sérgio Cabral. Várias pessoas acobertaram isso.