A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou três aeronaves que invadiram o espaço aéreo restrito estabelecido para garantir a segurança da Cúpula dos Brics, realizada neste domingo (6) e segunda-feira (7), no Rio de Janeiro. Os aviões foram abordados por caças A-29 Super Tucano. As informações são da CNN.
As interceptações ocorreram no sábado (5) e neste domingo, nos arredores do Museu de Arte Moderna (MAM), onde acontecem os encontros entre chefes de Estado.
Aeronaves pertenciam à aviação geral
Segundo o tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), as três aeronaves pertenciam à aviação geral e, após serem notificadas, obedeceram às ordens da FAB para deixar a zona proibida.
“Eram voos que inadvertidamente entraram, talvez por uma inobservância, isso está sendo investigado, e escoltamos no sentido que saíssem das áreas previstas”, explicou o oficial.
Esquema de segurança semelhante ao do G20
O esquema de segurança aérea da cúpula segue os mesmos protocolos adotados durante a Cúpula do G20, em 2024. O espaço aéreo foi dividido em três níveis de restrição, sendo o mais rigoroso um raio de até 150 quilômetros a partir do centro do evento.
Nesse perímetro, estão proibidos voos turísticos, agrícolas, acrobáticos, além do uso de drones e parapentes. Quanto mais próximo do MAM, mais rígidas são as limitações.
FAB também possui caças F-5M
Há uma área de 10 quilômetros de uso exclusivo das aeronaves envolvidas no evento e uma zona de cerca de 1.350 x 955 metros, entre o museu e o Aeroporto do Galeão, reservada exclusivamente para helicópteros de resgate da FAB.
Durante a cúpula, além dos Super Tucanos, a FAB também emprega caças F-5M armados com mísseis reais. A medida, segundo o comandante de Operações Aeroespaciais, tenente-brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, tem como objetivo reduzir o tempo de resposta em caso de ameaça real.