O governo do estado do Rio de Janeiro já gastou mais de R$ 1,2 milhão com pagamento de salários ao delegado Maurício Demetrio, só no período de 33 meses que ele está na cadeia. O montante considera o salário bruto mensal de R$ 37,5 mil, sem contar 13º ou outros benefícios.
Membro da Polícia Civil do Rio há duas décadas, Maurício Demétrio foi preso em junho de 2021 na Operação Carta de Corso, do Ministério Público, acusado de chefiar uma organização criminosa que usava da instituição para extorquir, chantagear e fazer dossiês contra desafetos.
Em uma das últimas movimentações de processos contra ele, de janeiro deste ano, a Justiça condenou Demétrio a mais de nove anos de preisão pelos crimes de obstrução de justiça, organização criminosa, lavagem de dinheiro, além de fraude em sistema e laudo falso.
Na sentença, o juiz Bruno Monteiro Rulière, da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio, afirmou que os “crimes são gravíssimos e foram praticados justamente valendo-se da função pública que exerce e da estrutura que a Polícia Civil lhe confere”.
O magistrado determinou que o delegado seja removido do quadro da corporação. Mas, como a decisão foi em primeira instância e Demétrio pode recorrer, o delegado está apenas afastado. O estado vai continuar pagando salários até que a condenação não caiba mais recurso, e ele seja demitido.
Estão esquecendo que esse mesmo delegado tentou obstruir as investigações do caso Marielle ao ir na Delegacia de Homicídios e tentar incriminar o bicheiro Rogério Andrade, na qual as investigações também descobriram que o delegado tinha um plano para matalo-lo, pelo jeitosa Polícia Federal também falhou ao não investigar o motivo desse delegado ter interesse na obstrução do caso, lembrando ainda que foi achado mensagens em seu telefone comemorando a morte da vereadora