O estado do Rio reduziu em cerca de 55% a insegurança alimentar da população fluminense entre 2022 e 2023, segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, mais de 1,5 milhão de pessoas deixaram a condição de fome. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (30).
De acordo com o governo estadual, programas como Restaurante do Povo, Café do Trabalhador e RJ Alimenta ofereceram, juntos, mais de 42 milhões de refeições ao longo da atual gestão, com investimento superior a R$ 240 milhões em todo o estado.
“O anúncio de que o Brasil não faz mais parte do Mapa da Fome comprova os resultados de decisões políticas integradas, que priorizaram o acesso à alimentação saudável. Hoje, nosso estado oferece 54 mil refeições por dia e retiramos aproximadamente 1,5 milhão de pessoas da fome entre 2022 e 2023”, afirmou o governador Cláudio Castro (PL).

Em 2022, havia 2,7 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar no Rio. Já em 2023, esse número caiu para 1,2 milhão, segundo o IBGE.
A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Rosangela Gomes, afirmou que há um plano de expansão da rede de segurança alimentar até 2026, com foco na população em situação de maior vulnerabilidade.
“Nossa proposta é criar cinturões de alimentação, garantindo que a população tenha acesso, de forma cada vez mais segura e digna, a refeições balanceadas e nutritivas. Por isso estamos ampliando a rede e assegurando a excelência das unidades já existentes. Até 2026, teremos mais quatro restaurantes inaugurados”, declarou.
Brasil fora do Mapa da Fome
Na última segunda-feira (28), a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que o Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome. A classificação leva em conta a média trienal de 2022 a 2024, que colocou o país abaixo do limite de 2,5% da população em risco de subnutrição — critério usado pela ONU para exclusão da lista.
O Brasil já havia saído da lista em 2014, mas foi reincluído em 2021, após a análise de dados entre 2018 e 2020, que apontavam aumento da insegurança alimentar.
O novo relatório, intitulado “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025”, concluiu que o país voltou a apresentar índice de risco abaixo do patamar de 2,5%, condição mínima para estar fora da classificação de fome.