A Polícia Civil realizou uma ação, nesta quinta-feira (23), contra um esquema de falsificação de laudos médicos que ajudava usuários a conseguir liberação judicial para cultivar maconha no Rio. O médico Adolfo Antônio Pires, apontado como líder do esquema, foi preso pelos agentes; ele cobrava R$ 50 mil para fazer os documentos falsos, de acordo com as investigações.
O médico fazia diagnósticos simulando alguma doença tratada com cannabis e vendia o laudo falso junto de pedido judicial de habeas corpus e insumos para cultivo de maconha, segundo a Polícia. Adolfo já tinha sido preso pelo mesmo crime em 2023. Na época, um advogado, um biólogo e uma recepcionista que colaboravam com o esquema também foram presos.
Médico também é acusado de extorquir beneficiados com esquema de laudo para maconha
Dezenas de usuários receberam a liberação da Justiça através do esquema. Além de vender o “pacote” para camuflar o cultivo ilegal de maconha, Adolfo também é acusado de extorquir os usuários beneficiados pelos laudos falsos. Ele teria ameaçado pacientes e familiares que receberam decisões judiciais.
Adolfo trabalhou em sete hospitais públicos e Unidade de Pronto Atendimento (UPAs) no Rio. Ele foi levado, na noite desta quinta (23), para a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e responde por extorsão, associação ao tráfico e falsidade ideológica.

