O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), remanejou R$ 1,8 bilhão entre secretarias, por meio de decretos suplementares. E ainda cancelou emendas parlamentares. A parceria público-privada (PPP) do VLT do Centro, por exemplo, saiu da Coordenação Governamental e foi para Desenvolvimento Econômico, o que motivou a movimentação de R$ 260 milhões entre as secretarias.
De acordo com levantamento feito pelo gabinete técnico do vereador Fernando Armelau (PL), a Infraestrutura perdeu R$ 218 milhões — resultado de cortes na construção e reforma de imóveis (menos R$ 140 milhões) e na revitalização em obras com pavimentação e drenagem (menos R$ 75 milhões).
O perde e ganha das secretarias de Eduardo Paes
Já a Educação perdeu R$ 204 milhões, por conta do cancelamento da emenda do vereador William Siri (PSOL) que reajusta o valor do vale-refeição (menos R$ 200 milhões).
Entre os maiores perdedores com a movimentação promovida por Eduardo Paes, a Habitação ficou com menos R$ 183 milhões; a Comlurb perdeu R$ 182 milhões; a Conservação teve corte de R$ 112 milhões; a Proteção e Defesa dos Animais perdeu R$ 2,1 milhões; e a Assistência Social perdeu R$ 2 milhões.
Já os principais ganhadores foram: Encargos Gerais do Município (por onde é executado o pagamento da dívida), ganhou R$ 1,1 bilhão; Esportes ganhou R$ 12,6 milhões; e a Riotur ganhou R$ 7,7 milhões.
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Por FÁBIO MARTINS e VÍTOR D’AVILA