Prefeito do Rio e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD) ganhou, nesta terça-feira (1º), mais 1 minuto de direito de resposta no programa de Alexandre Ramagem (PL). O motivo foi o bolsonarista ter associado a figura do prefeito à responsabilidade pela segurança, o que seria atribuição do Estado.
Na representação movida por Paes, sua defesa pede resposta ao trecho no qual o programa de Ramagem cita que “nos 12 anos em que Eduardo Paes foi prefeito, quase 20 mil famílias perderam alguém que amavam para a violência”. O juiz da 238ª Zona Eleitoral, Leonardo Grandmasson, atendeu à solicitação.
“Julgo procedente a representação, visto que considero ter ficado evidente no caso em tela que o vídeo utilizado na propaganda eleitoral irregular veiculada foi utilizado com o objetivo de degradar a imagem do candidato Eduardo Paes perante o eleitorado, o que gera desequilíbrio no pleito eleitoral e ofende a integridade do processo eleitoral”, diz trecho da sentença.
O minuto de direito de resposta, também de acordo com a sentença, deverá ser veiculado no bloco noturno da propaganda eleitoral de Ramagem.
Guerra no Tribunal
A Justiça Eleitoral concedeu, na segunda-feira (30), direito de resposta a Paes em oito minutos no tempo de TV de Alexandre Ramagem, que associou o adversário ao deputado federal Chiquinho Brazão e à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). No último dia 17, a Justiça já havia determinado a suspensão da propaganda.
De acordo com assessoria de Ramagem, o candidato recorreu da decisão da Justiça Eleitoral que concedeu direito de resposta. A campanha do candidato do PL defende que a ligação é verídica, uma vez que Chiquinho Brazão foi secretário especial de Ação Comunitária do prefeito.
No mesmo dia, o juiz Leonardo Grandmasson determinou que o prefeito retire inserções nas quais afirma que Ramagem seria o responsável pelas nomeações dos secretários de Segurança Pública e das Polícias Militar e Civil.