A quinta-feira (24) foi de combate a um velho problema do Rio: o furto de cabos. A Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) e a Subprefeitura de Jacarepaguá apreenderam cerca de uma tonelada de fios de cobre durante uma operação de fiscalização em um ferro-velho na Gardênia Azul, na Zona Oeste. Mais cedo, a Polícia Civil fez operação contra uma quadrilha que movimentou até R$ 200 milhões com a prática.
Durante a ação da prefeitura na Gardênia, os agentes também encontraram um quadro de energia, 15 balanças de precisão, peças de veículos, grades de portões, extintores de incêndio, eletrodomésticos, pneus, um martelo, entre outros materiais sem procedência.
Além disso, também foram apreendidos 35 objetos perfurocortantes e três celulares em carcaça. No total, cerca de três toneladas de resíduos foram recolhidas e descartadas. No momento da chegada das equipes, o proprietário do estabelecimento fugiu, enquanto um funcionário foi detido e encaminhado à 32ª DP, na Taquara, para prestar esclarecimentos. O ferro-velho foi interditado. O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, comentou sobre a ação.
“Essa operação é fundamental para continuarmos coibindo a receptação de fios e cabos, especialmente cobres. E, nessa ação de hoje, conseguimos apreender uma tonelada desse material em um ferro-velho na Gardênia Azul. Seguiremos fazendo esse trabalho importante para a cidade, justamente para combater esse tipo de receptação e, assim, diminuirmos também os índices de furto desses crimes que atrapalham a vida da população”, destacou.
Quadrilha faturou R$ 200 milhões com furto de cabos
A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta, a segunda fase da “Operação Caminhos do Cobre”, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada no furto de cabos subterrâneos de concessionárias de serviços públicos, além dos crimes de receptação qualificada e lavagem de dinheiro. Cinco suspeitos foram presos, e a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros vinculados à organização criminosa.
Segundo as investigações, os criminosos utilizavam caminhões para puxar cabos de energia e telecomunicações do subsolo, provocando danos significativos às estruturas urbanas. Para não levantar suspeitas, muitas vezes vestiam uniformes falsificados de empresas terceirizadas. O material furtado era revendido para ferros-velhos e até para siderúrgicas.