A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recorreu à Justiça para que a Light não cortasse a energia elétrica da instituição. A universidade revelou débito de aproximadamente R$ 30 milhões com a concessionária, além de outros R$ 20 milhões com a Águas do Rio.
O pedido foi feito à 8ª Vara Federal. Estruturas da UFRJ como, por exemplo, Centro Olímpico, Prefeitura, Reitoria, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e a Maternidade Escola estavam sob risco de corte de energia.
Entretanto, decisão do juiz federal José Arthur Diniz Borges, na última segunda-feira (12), aceitou o pedido de tutela antecipada pela não suspensão do fornecimento, destacando a relevância dos serviços prestados pela universidade. A informação foi publicada inicialmente pelo O Globo e Diário do Rio.
“Nesses termos, tendo em vista a relevância dos serviços prestados pela requerente, inclusive no campo de atendimento à saúde (com risco à vida), além do princípio da continuidade na prestação de serviços públicos, consoante elementos constantes dos autos, defiro a tutela de urgência antecipada antecedente, à vista do previsto no artigo 303 e seguintes do CPC para determinar que a concessionária de serviço público, Light Serviços de Eletricidade S/A, não efetue a suspensão/corte de energia elétrica nas dependências da UFRJ ou, no caso do corte de energia já ter sido efetuado, que se determine a imediata religação nas referidas unidades“, afirma parte da decisão.
Nos próximos dias, deverá acontecer uma reunião entre a UFRJ e a Light a fim de entrarem em acordo sobre as dívidas. Este não é o primeiro imbróglio envolvendo a instituição e a concessionária. Em 2016, a Light cortou a energia da UFRJ devido à falta de pagamento das faturas entre junho e novembro daquele ano.