A vereadora Talita Galhardo (PSDB) disparou 11 requerimentos de informações à Prefeitura do Rio para apurar quais as conexões do governo com o grupo empresarial que vendeu ao município o Edifício Sulacap, por R$ 69,6 milhões (no último dia 18), e o imóvel que hoje abriga o Super Centro de Saúde, por R$ 113,6 milhões (em 2022). Um terceiro imóvel, dos mesmos donos, é alugado por R$ 97 mil por mês para abrigar o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa).
Nos requerimentos, publicados no Diário Oficial desta quinta-feira (27) e destinados ao gabinete do prefeito Eduardo Paes (PSD), a parlamentar pergunta se a prefeitura tem contrato, convênio ou parceria com 11 empresas. Além disso, questiona valores e tempo de duração de possíveis acordos. Indaga se a prefeitura aluga, tombou, vendeu ou comprou algum imóvel das empresas ou de seus sócios, bem como se já concedeu isenção de IPTU. Também pede que, em caso positivo, sejam informados os valores envolvidos.
Embora os documentos tenham como alvo mais de uma dezena de empresas, todos têm um elo: o empresário Daniel Quaresma Leão. Ele aparece como sócio ou sócio-proprietário da maior parte das firmas. Nas que ele não figura no Quadro Societário Ativo (QSA), parentes ocupam funções de direção.
Vereador questiona uso do edifício comprado pela prefeitura
No Diário Oficial do último dia 18, foi publicado o extrato de instrumento do termo de compra e venda, por R$ 69,6 milhões, do prédio na Rua da Alfândega, número 41, com a Sulacap Empreendimento Imobiliário. O objeto prevê a aquisição da loja, sobreloja e das salas 201 a 901 e 1001.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) informou que pediu à prefeitura que comprasse o Edifício Sulacap — que fica em frente ao edifício histórico recuperado pelo TRE e batizado como Palácio da Democracia. A corte vai ocupar o imóvel por meio de termo de cessão de uso válido por 50 anos.
Mas Talita não é a única vereadora de olho nos contratos da prefeitura com o grupo. Pedro Duarte (Novo) já havia levantado que os donos dessa construtora são Daniel Quaresma Leão e Danilo Quaresma Leão. Em 2022, a prefeitura comprou, com o mesmo grupo, o prédio do atual Super Centro, em Benfica, por R$ 113,6 milhões. Além disso, o gabinete do vereador apurou que um terceiro imóvel, dos mesmos donos, é alugado por R$ 97 mil por mês para abrigar o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa).
O parlamentar informou que vai questionar a destinação do imóvel no Centro.




