Tão logo o recesso parlamentar acabar, a CPI das Câmeras, da Assembleias Legislativa (Alerj), pretende começar para valer suas atividades.
De acordo com o presidente do colegiado, Alexandre Knoploch (PL), um dos pontos a serem investigados será a possível ligação entre seguradoras e cooperativas com o crime organizado.
Nesta sexta-feira (04), o parlamentar usou as redes sociais para comentar sobre as possíveis razões para os altos custos de seguros de veículos no Rio.
“A pergunta é: você sabe por que esse valor é alto? Muitos responderão que é porque tem muitos roubos. Mas boa parte desses roubos pode ser oriundo de acordos de seguradoras e associações que deveriam te proteger. Essas associações e seguradoras usam parte do seu valor para pagar resgate de carros e, com esse valor, os ladrões roubam mais caros e as seguradoras pagam mais resgates”, disse o deputado.
CPI das Câmeras ouvirá empresa na primeira reunião
Na primeira reunião após o recesso, serão convocados diretores do sistema de monitoramento “Gabriel”, empresa que presta serviços de câmeras em diferentes pontos do Rio.
Segundo Knoploch, a empresa responsável pelo sistema não apresenta transparência quanto às autorizações formais ou aos critérios legais usados para instalar os equipamentos em vias públicas.
Outro foco são as cooperativas que atuam na recuperação de veículos roubados. Em 23 de maio, a Polícia Civil fez uma operação para apurar a atuação de uma quadrilha suspeita de movimentar mais de R$ 11 milhões em menos de um ano com o esquema e participado da recuperação de mais de 1.600 veículos.