A Comlurb inaugurou, nesta sexta-feira (17), o primeiro aterro público do Rio destinado exclusivamente ao recebimento de resíduos da construção civil. Localizado em Gericinó, na Zona Oeste, o espaço ocupa 40,6 mil metros quadrados e pode receber até 250 toneladas de entulho por dia, com capacidade total para 480 mil toneladas — o equivalente a 128 piscinas olímpicas. As informações são do jornal O Globo.
O objetivo é reduzir o despejo irregular de entulhos na cidade, um problema crônico, especialmente na Zona Oeste. A ação vem acompanhada da instalação de câmeras do Centro de Operações Rio (COR) em pontos críticos de descarte ilegal.
‘COR está em processo de aquisição dessas câmeras’
Segundo o presidente da Comlurb, Jorge Arraes, o monitoramento vai ajudar a identificar infratores e também trazer economia aos cofres públicos.
“O COR está em processo de aquisição dessas câmeras. A decisão de ter um aterro só para entulhos também representa uma economia para os cofres públicos e ajuda a aumentar o tempo de vida útil do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, para onde vai o lixo da capital”, explicou Arraes.
Benefícios do novo aterro público da Comlurb
O novo aterro ocupa uma área vizinha a um antigo lixão desativado em 2014. A concentração dos resíduos em um único ponto permitirá que a Comlurb contrate uma empresa especializada em reciclagem, dentro do conceito de economia circular. O material reaproveitado poderá ser transformado em areia e brita para uso na fabricação de cimento e argamassa.
Hoje, o entulho coletado por empresas legalizadas é levado a estações de transferência em bairros como Jacarepaguá, Caju, Santa Cruz, Marechal Hermes e Bangu, e depois transportado até Seropédica, na Baixada Fluminense. O processo gera custos elevados com combustível e locação de carretas, além do pagamento de R$ 82 por tonelada descartada.
Outras medidas para coibir o descarte irregular de resíduos
A rotina dos ecopontos, voltados para pequenos volumes de entulho, não será alterada. Mas a Comlurb adotou um novo sistema de controle: desde a semana passada, todas as caçambas licenciadas passaram a ser monitoradas digitalmente. O rastreamento em tempo real mostra o período de uso: verde (até 24 horas), amarelo (até 48 horas) e vermelho (acima desse limite).
Após as 48 horas, fiscais poderão multar, apreender e cobrar taxas das empresas que não recolherem o equipamento. As multas chegam a R$ 1.925,84, além de cobrança por metro cúbico e diárias. Se os valores não forem pagos em até 30 dias, a caçamba passa a ser propriedade da Comlurb.