O governador Cláudio Castro (PL) comentou, nesta terça-feira (1º), sobre a briga pela administração do Sambódromo, envolvendo a Assembleia Legislativa (Alerj), a Prefeitura do Rio e o próprio governo estadual.
Durante o lançamento de aplicativo contra roubo e furto de celulares, Castro defendeu que haja um diálogo em torno do assunto. Mas reforçou que o equipamento foi construído pelo próprio estado e que ele pode ser, inclusive, utilizado no abatimento de dívidas ou para “dar lucro”.
“Acho que a melhor saída é o diálogo. Esse ativo pode, de repente, ser usado para diminuir uma dívida e dar lucro ao estado, já que o estado que construiu esse ativo. Vamos dialogar com a Assembleia porque quem tem que ganhar é o carnaval”, disse.
Entenda o imbróglio envolvendo o Sambódromo
A Alerj derrubou, em sessão extraordinária nesta segunda-feira (30), o veto ao projeto de lei que determina que o Sambódromo da Marquês de Sapucaí volte a ser administrado pelo Governo do Estado do Rio. A proposta é de autoria do líder da base governista na casa, Rodrigo Amorim (União).
Foram 57 votos no total, sendo 38 a favor da derrubada do veto e 19 contra. Até o momento, devido ao Decreto-Lei 224/75, a gestão estava a cargo da Prefeitura do Rio.
Como pano de fundo da votação está a disputa entre a base de Cláudio Castro — que apoia a pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União) ao governo do estado — e o principal adversário de oposição, o prefeito Eduardo Paes (PSD).
O comando do carnaval carioca, que tem no Sambódromo o seu palco principal, é uma das marcas de Paes. Aliados de Bacellar já tinham aprovado a lei para que a Passarela do Samba da Marquês de Sapucaí, construída e inaugurada pelo ex-governador Leonel Brizola, e posteriormente cedida à Prefeitura do Rio, fosse devolvida ao estado. Mas Castro vetara.
Menos de uma hora depois da Alerj derrubar o veto, Paes criticou a base de Castro na casa e afirmou que a prefeitura vai recorrer da decisão na Justiça. Em tom irônico, Paes classificou a discussão como uma “perda de tempo” e disse que, aparentemente, o governo estadual não teria mais nenhum problema sério a resolver, já que teria “tempo” e “dinheiro” de sobra para cuidar do carnaval carioca.
A proposta é de autoria do líder da base governista na casa, Rodrigo Amorim (União).
🚨 Em tempos de chão riscado, é bom lembrar: “Quem comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12:30).
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Dou total razão aos nossos governistas nesse debate sobre o Sambódromo. Afinal, foi o Estado que construiu esse ativo, e como bem lembrou o governador Cláudio Castro, está na hora de aproveitar esse patrimônio o ano inteiro, inclusive como alternativa para gerar receita e reduzir dívidas.
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E se for pra aprofundar o imbróglio, que tal lembrar que o Teatro Municipal também é administrado pelo Estado, em pleno coração da cidade? Então vamos parar com a briga de território e pensar grande.
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Estou com o nosso líder na Alerj nessa: chão riscado é lado definido. Nada de ficar esperando quem vai ganhar no segundo turno pra decidir em qual palanque subir.
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📌 O Rio precisa de quem se posiciona. Eu já escolhi o lado certo!
Sigo o capitão