A reunião entre o sindicato dos funcionários da Mobi Rio, e os representantes da empresa pública que administra a operação do BRT na cidade do Rio, realizada nesta quinta-feira (20), não deu conta de resolver o impasse, mesmo com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Em videoconferência, representantes da categoria e a Mobi Rio se reuniram para apurar as denúncias dos trabalhadores, que alegam supostos abusos cometidos pela empresa, como excesso de jornada, assédio moral, constrangimento ilegal, demissões em massa sem justificativa e abuso de poder. No entanto, para o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, “foram três horas e meia de reunião para pouquíssimo resultado”.
Ministério Público do Trabalho cobra avanços
Desde o ano passado, a direção do sindicato vem recebendo denúncias de possíveis irregularidades cometidas pela empresa. Segundo o presidente da entidade, duas videoconferências já haviam sido realizadas anteriormente, e a empresa se comprometeu em enviar os documentos solicitados pelo sindicato, para apurar as reclamações. Contudo, até então, nada foi enviado.
De acordo com representante do sindicato, o MPT deu trinta dias para que a Mobi Rio reúna toda documentação solicitados pela sindicato.
“Temos a informação de que mais de 70 demissões foram realizadas pela Mobi Rio. Para se ter uma ideia, profissionais que trabalhavam 15 e até 20 anos em uma empresa pediram dispensa para irem trabalhar na Mobi Rio e agora estão arrependidos. Que fique claro que o sindicato não irá tolerar nenhuma situação que caracterize trabalho escravo ou exploração dos profissionais que atuam em uma empresa considerada modelo na área do transporte urbano, e que por fim se transformou em um verdadeiro pesadelo” disse Sebastião José.
Procurada pelo TEMPO REAL, a Mobi Rio não se manifestou até a publicação dessa matéria. O espaço segue aberto.