A boate Portal Club, na Lapa, Centro do Rio, onde duas mulheres afirmaram terem sido vítimas de estupro, foi interditada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) na noite desta quinta-feira (4). O local passava por perícias e o Corpo de Bombeiros já havia determinado a irregularidade da casa, que funcionava sem o Certificado de Vistoria Anual (CVA), que assegura a proteção do estabelecimento em casos de incêndio e pânico.
A Seop informa que o local ficará fechado até a conclusão das investigações policiais. Na quarta-feira (3) agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio realizaram perícia no “dark room” espaço onde as duas mulheres teriam sido violentadas. As imagens da câmera de segurança estão sendo analisadas pelos policiais, que já têm pistas de um dos suspeitos.
A primeira vítima foi uma universitária sul-americana de 25 anos que estava de passagem pelo Rio. Ela veio ao país para aprender português e iria estudar na Bahia. No último sábado (30), ela teria conhecido um rapaz na boate, que a levou ao dark room, um espaço escuro e mais reservado. Nesse local, ela teria sido estuprada pelo rapaz e por outros homens, que ela suspeita serem amigos dele. A jovem contou ter perdido a consciência durante o abuso, e não sabe se alguma substância foi colocada em sua bebida.
A segunda mulher resolveu denunciar seu caso após a repercussão do caso da estudante. Ela afirma que teria sido estuprada no mesmo ambiente, o dark room, em novembro de 2023. Assim como no primeiro caso, a festa era open bar e, após uma ida ao banheiro, a mulher teria perdido a consciência. Ela afirma ter acordado num quarto preto — o “dark room”, com um homem sem calças ao seu lado.