Após a pressão durante a reunião da CPI da Transparência, nesta terça-feira (13), o presidente do Detro, Leonardo de Lima Matias, anunciou que o contrato com a empresa Rio Parking será suspenso temporariamente. A medida ocorre também em resposta à fiscalização da última quarta-feira (7), que levou ao fechamento do pátio em Vargem Grande, de responsabilidade da empresa de reboques.
A empresa possui outro pátio em Mesquita, na Baixada Fluminense, que também será alvo de fiscalização da CPI, conforme deliberação desta terça-feira (13). A ausência do proprietário do consórcio Rio Parking, Jorge Esteves, também não passou despercebida, resultando em um pedido de deliberação que determina sua condução coercitiva à próxima reunião da comissão, marcada para sexta-feira (23).
Além da ausência de Jorge Esteves e dos representantes das empresas De Jesus Reboque, Jomal Auto Socorro e N Reis Reboque, que também não compareceram à reunião, o aumento no número de veículos apreendidos, especialmente motocicletas, surpreendeu a comissão. Em apenas 21 dias, foram apreendidas 1.575 motos, sendo apenas três delas objeto de roubo.
‘CPI do Fim do Mundo’
Na última sexta-feira (9), a CPI da Transparência aprovou por unanimidade a prorrogação de seus trabalhos por mais 90 dias. A comissão, também chamada de “CPI do Fim do Mundo“, tem o objetivo de investigar, entre outros indicativos de falta de transparência no governo do estado, o descumprimento da Lei de Acesso à Informação e irregularidades nos processos do Sistema Estadual de Informações (SEI).
A CPI já havia sido prorrogada, no dia 18 de março, em discussão única, por 60 dias. O pedido foi feito pelos membros da comissão, que afirmam precisar ouvir representantes de diversos órgãos e solicitar documentos para concluir o relatório final.
Além do presidente Alan Lopes (PL), a comissão é composta pelos deputados Filippe Poubel (PL), vice-presidente; Rodrigo Amorim (União), relator; além de Marcelo Dino (União), Val Ceasa (PRD) e Giovani Ratinho (SDD).