A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, começa 2025 com um olho no ministério e o outro no seu futuro político em 2026. Ela não esconde que pretende ser candidata pelo PT, partido ao qual se filiou quando já fazia parte da equipe de Lula. A preferência é por uma vaga na Câmara dos Deputados.
A candidatura da moça é bem vista pelo presidente e estimulada pela primeira-dama, Janja. Apesar de nunca ter sido testada nas urnas, a ministra é apontada como um dos trunfos de renovação e potencial eleitoral pelos dirigentes do partido.
Daí que a irmã da vereadora Marielle Franco desembarca no Rio nesta semana — tanto para compromissos ministeriais quanto para agendas políticas. Na segunda-feira, tem encontros com as parlamentares petistas Elika Takimoto, Benedita da Silva, Marina e Maíra do MST. Na terça, vai a Paracambi conversar com o prefeito recém-eleito Andrezinho Ceciliano. Na sexta, participa da festa de aniversário do presidente municipal do PT e suplente de vereador da capital Tiago Santana.
Anielle vem ao Rio para discutir inclusão, a pauta de igualdade racial nos movimentos do campo e na juventude, e, claro, muito da política local e nacional.
Sob protesto
O giro pelo Rio já estava na agenda da ministra, mas a recente desavença com o prefeito de Maricá e vice-presidente do PT, Washington Quaquá, inevitavelmente estará nas conversas. O todo-poderoso do partido no Rio defendeu os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, acusados de terem encomendado o assassinato de Marielle. A ministra classificou o texto de Quaquá como “repugnante” e anunciou que recorrerá ao comitê de ética do PT contra o dirigente. A polêmica repercutiu amplamente.