A Alerj debaterá, em audiência pública nesta terça-feira (11), problemas do sistema ferroviário do estado. Um dos temas será a discussão sobre a passagem da malha da Supervia ao governo estadual.
A Comissão de Transportes promoverá o encontro em conjunto com a Frente Parlamentar Pró-Ferrovias. Uma das propostas é a elaboração de um Grupo de Trabalho para debater a mudança dos serviços ferroviários.
Coordenador da frente, o deputado Luiz Paulo (PSD) irá presidir a audiência. O deputado citou que ao incentivar a reativação das malhas ferroviárias e formular políticas públicas eficazes, será possível superar o atraso histórico do estado em relação à logística ferroviária.
“Com uma infraestrutura ferroviária modernizada, o Rio de Janeiro tem o potencial de fortalecer sua economia, reduzir impactos ambientais e se tornar um polo de referência no transporte de cargas e passageiros por trilhos no país”, destacou.
Presidente da Comissão de Transportes, o deputado Dionisio Lins criticou o atual serviço prestado pela Supervia. Ele destacou que os usuários são reféns de um serviço ineficiente, principalmente aqueles dos ramais que atendem à Baixada.
“Há vagões sujos e escuros. Pediremos a criação de um Grupo de Trabalho que contará com representantes do Poder Público para debater a mudança do serviço ferroviário, atualmente operado pela Supervia e que está em discussão para ser repassado para o Governo do Estado”, disse
Concessionária cobra governo
Em maio, a Supervia enviou carta de cobrança ao governo do estado para reclamar o repasse de R$ 10 milhões relativos ao Bilhete Único e a tarifa social. Segundo a concessionária, o pagamento estava atrasado desde o dia 10 de abril.
O não repasse da gratuidade é uma das reivindicações que a concessionária fez na ação ajuízada contra o governo do Rio. No total, o valor cobrado ultrapassa R$ 1 bilhão.
Segundo a SuperVia, o governo estadual deve também R$ 257 milhões referentes a reajustes não executados entre os anos de 2021 e 2023. Além de cerca de R$ 136 milhões que não foram pagos como parte da compensação pelas perdas da pandemia entre março de 2020 e fevereiro de 2021.
A Supervia ainda cobra outros R$ 565 milhões relativos a perdas com a Covid-19 após fevereiro de 2021. Por fim, a concessionária requer R$ 191 milhões referentes à Segurança Pública.