Os 51 vereadores que tomam posse, às 9h30 desta quarta-feira (01), no velho Palácio Pedro Ernesto, vão desenhar uma Câmara do Rio diferente — mas nem tanto. Vá lá que a taxa de renovação foi de 45%, e o plenário vai receber 23 caras novas.
Mas o prefeito Eduardo Paes (PSD) continuará com ampla maioria. Contando apenas os parlamentares dos 12 partidos de sua coligação, ele soma 28 ao seu lado. Só o seu PSD conseguiu, numa façanha inédita, eleger 16 vereadores, a maior bancada da história da Câmara. Paes também conta o apoio de Podemos, PRD, DC, AGIR, Solidariedade, Avante, PSB, PDT, PT, PCdoB e PV.
O maior partido de oposição será o bolsonarista PL, com sete cadeiras. Boa parte delas, graças à votação de Carlos Bolsonaro. Com 130.480 votos (4,30% do total), Carluxo bateu seu próprio recorde como vereador mais bem votado da história no Rio.
A Câmara perdeu a bélica Teresa Bergher (PSDB), a mais obstinada fiscal do prefeito, que preferiu não se candidatar à reeleição. A bancada mais à esquerda, a do PSOL, encolheu: caiu de sete para quatro vereadores.
Somando e dividindo, a matemática política é ciência exata: a oposição pode até ser mais barulhenta nessa legislatura, mas Paes vai continuar com a Câmara na mão, o rolo compressor ligado e sem problemas para aprovar suas pautas.