O ainda governador em exercício, Thiago Pampolha, esteve numa saia justíssima, na manhã desta segunda-feira (15), quando foi obrigado a comentar, no “Bom dia Rio”, o fato de três bairros de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ainda estarem alagados mais de 24 horas depois dos temporais.
Pampolha fez uma ginástica argumentativa para explicar que parte da culpa era do poder local — mas não citar a prefeitura da cidade comandada há décadas pela família de Washington Reis, o presidente interino do MDB do Rio. O vice-governador anunciou, recentemente, sua transferência do União Brasil para o MDB.
Ele disse que só duas das cinco bombas do sistema de escoamento dos bairros Amapá, São Bento e Pilar estavam funcionando. Afirmou que o conserto ou a troca das bombas, que são antigas, dependem da retomada do Projeto Iguaçu, financiado pelo governo federal e iniciado em 2007.
“Estamos mandando todo maquinário solicitado pelas prefeituras. Mas por mais máquinas que o governo do estado mande não será suficiente”, frisou.
Segundo ele, aquela é uma região baixa, com tendência a alagamentos, e que não deveria ter sido ocupada por construções. Deu a entender que o poder público deveria combater a ocupação de áreas de risco — mas, em nenhum momento, citou a prefeitura ou os Reis.
Uma aula de contorcionismo.