A Prefeitura do Rio está promovendo uma dança das cadeiras em cargos comissionados de duas empresas sobre as quais, volta e meia, recaem denúncias de aparelhamento político.
Entre 22 e 23 de fevereiro, foram dispensadas 17 funcionários do IplanRio, sendo que 15 deles foram “realocados” na empresa pública Riocentro, cujo nome fantasia é RioEventos. Os dois restantes foram para o gabinete do prefeito Eduardo Paes (PSD).
Acontece que a operação “tira daqui e bota ali” criou a possibilidade de o prefeito abrir mais 17 vagas no Iplan — que significam ouro em pó, em ano eleitoral.
Até os serventes da prefeitura sabem que o IplanRio, órgão que deveria ser técnico, virou um espaço para o “trabalho político”. E não é de hoje que o instituto registra um intenso “entra e sai” — como, aliás, já denunciou o vereador Pedro Duarte (Novo).
Um estudo feito pela equipe do vereador mostrou que, nas semanas seguintes à nomeação do atual presidente do IplanRio, Marcus Vinícius Medina, em 26 de outubro de 2023, aconteceram 31 nomeações extra-quadros (sem contar o ano de 2024).
Na lista, desde ex-candidatos em eleições passadas a figuras públicas envolvidas em polêmicas. Aliás, uma delas é um ex-assessor de Dani Cunha (União Brasil), suspeito de oferecer serviços no Congresso, quando Eduardo Cunha, pai de Dani, era presidente da Câmara dos Deputados.
Neste último troca-troca, um dos nomes dispensados/designados é o de Guilherme Aguiar Costa, irmão caçula do presidente da Riotur, Ronnie Aguiar Costa — um dos principais, e mais antigos, colaboradores de Paes.