Faltando apenas alguns dias para a consolidação da mudança na operação das barcas do Rio — que passará da CCR para o Consórcio Rio Barcas —, os olhos se voltam para outra concessão de transportes do estado. E apesar de possuírem perfis distintos, ambas as situações têm algo em comum: a atual operadora também deseja passar a responsabilidade para a próxima.
Os trens urbanos da capital e da região metropolitana do Rio deixarão de estar sob o guarda-chuva da Supervia, assim que o longo processo de transição, iniciado no final do ano passado, chegar ao fim. Segundo o acordo entre a concessionária e o governo do estado, em um período de 6 a 9 meses, o serviço será transferido para uma nova operadora. Mas, até lá, a estrada é longa.
A Supervia, por sua vez, enfrenta um processo de recuperação judicial. Nesse sentido, o acordo com o estado também firmou aporte de R$ 300 milhões para manutenção da operação dos trens, além de outros investimentos. Como parte do acordo, a Supervia também se comprometeu em arcar com R$ 150 milhões, no mesmo período, para pagamento dos credores.
A corrida de 180 dias
Procurada pelo TEMPO REAL, a SuperVia disse que, desde dezembro do ano passado, vem cumprindo as tratativas do acordo assinado com o governo do estado para a transição operacional do serviço ferroviário.
“O documento, homologado pela Justiça, estabelece um prazo de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, para a contratação de um novo operador do sistema de trens ou assunção do serviço diretamente pelo estado” confirmou a concessionária, em nota.
“O termo também busca preservar os postos de trabalho dos atuais colaboradores da SuperVia. Neste sentido, a concessionária segue focada nas melhorias operacionais para a continuidade e a atratividade desse serviço, que atualmente atende mais de 320 mil passageiros diários” diz trecho.
A questão de melhorias operacionais é um assunto caro, sobretudo aos 320 mil passageiros diários, que a própria concessionária cita em nota. A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram), por sua vez, diz que o governo segue atuando em diversas frentes para garantir a modernização e a eficiência do sistema, para assegurar um serviço mais seguro para a população. E assim, preparar a transição para o novo operador.
“Além dos investimentos já realizados para a estabilização e melhoria da operação, estão sendo elaborados os documentos que servirão de base para a licitação do novo operador. O Grupo de Trabalho (GT), formado para conduzir essa transição e que reúne representantes de diversas pastas do governo, juntamente com Observador do Sistema e a SuperVia, estão trabalhando em conjunto para cumprir o Termo de Acordo e os prazos estabelecidos” diz trecho da nota da Setram.
Espero que tudo isso não, venha interferir na bilhetagem (ou seja Espero que a tarifa social não sofra com todo estes processos)