O grupo de trabalho criado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa (Alerj), começará a vistoriar os imóveis que o governo do estado pediu autorização para vender, por meio de projeto de lei encaminhado à casa. As visitas vão começar já nesta sexta-feira (5).
A CCJ criou o grupo de trabalho na última quarta-feira (3). O presidente do colegiado, Rodrigo Amorim (União), designou o deputado Alexandre Knoploch (PL) como presidente do grupo. A ideia é que já na próxima semana seja apresentado um relatório inicial sobre essas vistorias.
Entre os imóveis listados estão o Estádio Caio Martins, em Niterói; o Batalhão de Polícia Militar do Leblon; além das sedes do Grupo Arco-Íris, do Tortura Nunca Mais e da Escola Villa-Lobos. Enquanto alguns deputados defendem a retirada de imóveis da lista, Amorim anunciou que pretende apresentar um ofício para incluir a Aldeia Maracanã e residências da Universidade do Estado do Rio (Uerj).
Estado quer arrecadar R$ 1,5 bi com imóveis, segundo projeto enviado à Alerj
O governo estadual encaminhou à Assembleia um projeto pedindo a autorização para vender 48 imóveis. Segundo a proposta, a expectativa é arrecadar até R$ 1,5 bilhão. A medida é considerada uma das prioridades do estado para levantar verbas neste segundo semestre. O principal deles é o terreno do antigo Batalhão do Leblon da Polícia Militar, avaliado em R$ 275 milhões.
Também constam na lista dois prédios do estado, nas ruas da Constituição e da Carioca, que atualmente são ocupados por pessoas sem-teto. Além disso, há um casarão abandonado na Lapa, que ficou conhecido como “bunker do tráfico” porque era usado por criminosos para vender drogas. A PM fechou o local em março.
Ainda estão na relação outros dois antigos batalhões da PM: o prédio do antigo Batalhão de Botafogo, na Rua São Clemente; além do terreno do antigo 13º Batalhão, na Praça Tiradentes, Centro da cidade. Também estão na proposta a Ilha da Pombeba e o prédio da Fundação Ceperj, localizado na Avenida Carlos Peixoto, em Botafogo.