Com a presença do prefeito Eduardo Paes (PSD), foi aberto, nesta quinta-feira pós-carnavalesca (15), o ano legislativo da Câmara do Rio. Já não era sem tempo — os nobres cariocas têm o maior período de férias (vá lá, recesso) do planeta.
Paes trocou as bolas, e no discurso agradeceu a presença do “conselheiro” Carlo Caiado, em vez de citar o nome do presidente do Tribunal de Contas do Município (TCM), Luiz Antônio Guaraná.
As raposas do Pedro Ernesto correram para checar as datas e conferir quando bate o teto constitucional de Nestor Rocha, o próximo conselheiro a pendurar as chuteiras. Descobriram que ainda falta muito tempo, só em 2027.
Mas os adeptos da teoria da conspiração já veem no presidente da Câmara um forte candidato.
Os vereadores fizeram sala, em peso, para o prefeito. Até Pedro Duarte (Novo), que cumpre agenda de pré-candidato de oposição, marcou pesença.
Paes mandou recado para os bolsonaristas — mas eles não estavam lá para ouvir. O mais famoso trio da direita não deu o ar de sua graça: Carlos Bolsonaro (Republicanos), Rogério Amorim (PL) e Felipe Michel (PP). Foram as únicas faltas registradas na abertura.
O prefeito citou o presidente Lula (PT) diversas vezes. E disse que quem está no Executivo precisa se relacionar com governadores, prefeitos etc… No fígado.
Se a casa estava cheia na abertura solene, na hora do vamos ver voltou a ser exatamente a mesma.
A primeira sessão deliberativa do ano, que deveria começar em seguida, às 16h, caiu.
Por falta de quórum.