O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, marcou para esta quarta-feira (17), uma reunião decisiva sobre a situação da executiva no estado do Rio. A disputa pela presidência já se arrasta desde o fim das eleições de 2024, quando o partido teve um desempenho pífio nas urnas.
Atualmente, dois grupos estão na briga: um, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, com o ex-presidente, suplente de deputado federal e bispo Luís Carlos Gomes; o outro, representando a ala mais política, com o deputado federal Luciano Vieira.
Pereira já teve idas e vindas entre os dois lados. Luis Carlos já foi informalmente anunciado presidente, mas Luciano chegou a ameaçar deixar o partido, caso o bispo voltasse ao comando do diretório.
Tendências para 2026
Nada é definitivo — ainda mais na política.
Mas, nos bastidores do Republicanos, o roteiro é bem demarcado: Luciano Vieira tenderia pelo apoio a Eduardo Paes (PSD) na disputa pelo governo do estado; já Luís Carlos segue o grupo político formado pelo governador Cláudio Castro (PL) e seu candidato à sucessão, o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil).
Se a escolha do presidente estadual antecipa os rumos do partido em 2026, só o tempo dirá.
O Republicanos do Rio encolheu em 2024
Tudo indica, no entanto, que Luís Carlos levou a melhor. O ex-presidente teve a gestão muito criticada na presidência — mas o seu sucessor, Waguinho, não ficou atrás. A avaliação foi a de que a tentativa de “profissionalizar”, ou “politizar”, o partido não deu o resultado esperado — e a Igreja, dona de um caminhão de votos no estado, reassumiu o protagonismo na legenda.
O Republicanos encolheu no Rio nas eleições de 2024.
Não é fácil arriscar um prognóstico sobre a decisão de Marcos Pereira. Mas uma boa (e influente) parte do partido aposta que ele baterá o martelo por Luís Carlos — e que de quarta-feira não passa.