Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, receberá a primeira barreira do tipo Sabo do Brasil. A estrutura com, tecnologia japonesa de contenção de deslizamentos, será erguida pelo governo estadual, com investimento de R$ 20,1 milhões do Novo PAC. Os recursos são do Orçamento Geral da União (OGU) e o projeto foi aprovado pela Caixa e pelo Ministério das Cidades.
As barragens do tipo Sabo são estruturas utilizadas para conter sedimentos transportados por fluxos de detritos – o nome da tecnologia vem justamente da junção das palavras japonesas Sa (sedimento) e Bo (proteção). Instaladas em locais com risco de deslizamento, essas barragens permitem a passagem da água da chuva ao mesmo tempo em que retêm materiais pesados, como rochas, troncos e lama, o que reduz o volume e a velocidade do fluxo, evitando que ele cause danos em áreas localizadas abaixo da encosta.
A primeira barreira Sabo do país será construída nos fundos do Hospital São Lucas, em uma área de Nova Friburgo classificada como de risco alto ou muito alto, segundo os critérios do Programa de Contenção de Encostas da Secretaria de Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades. Em 2011, um deslizamento chegou a soterrar parte do hospital, causando a interdição da unidade de saúde e a transferência de todos os pacientes.
Com a aprovação do projeto pela Caixa e pelo Ministério das Cidades, em maio deste ano, o governo do estado do Rio de Janeiro está autorizado a iniciar os procedimentos licitatórios para a contratação da empresa que vai executar a obra. A previsão é de que esse processo seja concluído até o final do ano.
O projeto Sabo em Nova Friburgo
A barreira Sabo de Nova Friburgo é uma obra-piloto do Projeto de Aprimoramento da Capacidade Técnica em Medidas Estruturais contra Movimentos Gravitacionais de Massa com Foco na Construção de Cidades Resilientes. Resultado de uma parceria entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, o Ministério das Cidades e Agência de Cooperação Internacional do Japão, o Projeto Sabo conta ainda com o apoio de entidades como a CAIXA e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).