O Tribunal de Justiça do Rio decidiu que os três denunciados por envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, serão levados a júri popular. O advogado foi assassinado praticamente em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio, em 26 de fevereiro do ano passado.
Os réus Leandro Machado, Eduardo Sobreira Moraes e Cezar Daniel Mondêgo de Souza foram denunciados pelo Gaeco e pela 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital no dia 26 de abril, pelo crime de homicídio qualificado. O Juízo também decidiu manter a prisão preventiva dos três. A data do julgamento será marcada pelo Tribunal de Justiça.
Com base nas alegações finais apresentadas pelo Gaeco, a decisão destacou que havia indícios concretos da materialidade do crime, demonstrados por meio de laudos periciais, depoimentos testemunhais, análise de informações e outros elementos investigativos. De acordo com a denúncia do MP, os réus participaram do monitoramento da vítima e estiveram juntos antes e depois do crime.
A decisão destacou a gravidade dos fatos demonstrada na denúncia. O crime foi cometido por motivo torpe, em razão da atuação profissional da vítima que incomodou interesses de organização criminosa, de jogos de aposta online. E foi praticado mediante emboscada, após monitoramento da rotina do advogado, e com recurso que dificultou sua defesa. “Um típico ato de execução sumária”, destacou a decisão.