Servidores da educação municipal do Rio oficializaram a greve nesta segunda-feira (25) em protesto contra o PLC 186/2024 — apelidado como pacote de maldades de Eduardo Paes. A decisão foi votada por unanimidade na Assembleia do Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), após protestos que paralisaram duas vias da Avenida Presidente Vargas nesta tarde.
A decisão vem em resposta à tramitação do projeto que extingue a licença especial e altera a contagem da carga horária dos professores. O texto, que já enfrenta protestos desde a semana passada, entrou na pauta de discussões da Câmara dos Vereadores desta semana e segue em primeira discussão, onde Paes conta com maioria e o apoio direto do presidente Carlo Caiado (PSD).
Apesar da aprovação da greve, o impacto no calendário escolar levanta dúvidas. Com o ano letivo praticamente encerrado, os efeitos da paralisação podem ser mais simbólicos do que práticos. Ainda assim, a categoria promete intensificar a pressão.
Estão previstos ainda, uma vigília e um ato na Câmara Municipal na manhã da próxima terça (26), enquanto o calendário completo de mobilização ainda será divulgado pelo Sepe. Para os educadores, o momento é de luta contra o que consideram uma precarização da carreira. Para a Prefeitura, a pauta é vender a ideia de modernização do Estatuto dos Servidores.
Calendário da greve
Para esta segunda, está programada uma vigília em frente à prefeitura. Na terça-feira (26), haverá uma vigília em frente à Câmara de Vereadores às 9h. A quarta (27) será reservada aos atos regionais, enquanto a quinta (28) será de nova vigília em frente ao parlamento. Por fim, a categoria realizará nova assembleia na sexta (29).