O Corpo de Bombeiros interditou o Armazém do Campo do Rio por 90 dias, após a geóloga gaúcha Virginia Gazolla, de 29 anos, despencar de cerca de 6 metros de altura, do 2º andar do casarão, na noite do último sábado (9). Segundo os bombeiros, o imóvel localizado na Lapa e usado em atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), está irregular junto ao órgão, e não conta com autorização para promover eventos de reunião de público, apenas para atuar como comércio.
Virginia Gazolla está internada em coma induzido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neurológica de um hospital particular. O estado de saúde dela é grave. No momento da queda, acontecia um samba no local — e o espaço estava lotado. O casarão, que realiza desde atividades de comercialização dos produtos do MST, a eventos culturais, foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do RJ neste ano.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá). A perícia foi realizada no local e investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias da queda. As informações são do G1.
Em nota, o Armazém se solidarizou com a vítima. Veja a íntegra da nota, publicada nas redes sociais do estabelecimento, na última segunda-feira (11):
“Novamente vimos a público lamentar profundamente o ocorrido no sábado (09/11) e reiterar nossas preces para que a frequentadora se restabeleça prontamente e fique bem.
Expressamos nossa solidariedade irrestrita aos familiares e amigos e nosso compromisso com todo o apoio que se fizer necessário.
Nesse momento tão delicado, respeitamos a privacidade da família e amigos.
Ontem recebemos a perícia da Polícia Civil em nossas dependências, repassamos todas as informações solicitadas e hoje recebemos o bombeiro que solicitou algumas adequações, afirmamos que estamos à disposição dos órgãos públicos para qualquer esclarecimento.
O Armazém do Campo permanecerá fechado temporariamente. Estamos comprometidos em averiguar as estruturas e realizar as adequações necessárias.
Reafirmamos nosso compromisso com a defesa da vida e da luta pelos direitos humanos em primeiro lugar e portanto só restabeleceremos o funcionamento normal quando todas as necessidades para garantir a segurança de nossos frequentadores estiverem asseguradas”.